A pandemia de Coronavírus tem provocado uma série de perigos à sociedade, e que vão muito além dos já terríveis problemas de saúde.
Isso porque o isolamento social é uma importante medida para evitar a propagação do vírus. Porém, com um maior número de pessoas em casa, cresceram também os casos de violência doméstica contra as mulheres, que agora passam mais tempo convivendo com os agressores.
Até abril deste ano, as denúncias à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (que faz parte do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) aumentaram em 14%, em relação à média do mesmo período em 2019. Somente em abril o crescimento foi em torno de 28%.
Dificuldades judiciais
O isolamento ainda provocou baixa nos registros criminais (como boletim de ocorrência), devido à dificuldade de sair de casa em meio à pandemia. Por recomendação do Conselho Nacional de Justiça, as prisões preventivas têm sido evitadas no momento e, com isso, a prisão de agressores também diminuiu.
Outra consequência da crise sanitária foi a interrupção de audiências judiciais. Embora a Justiça esteja se preparando para realizar audiências pela internet, no caso de violência doméstica a medida pode não ser tão eficaz para a mulher vitimada. Estando em casa e com o agressor ao lado, a mulher possivelmente pedirá o arquivamento do processo ou negará os fatos.
Violência patrimonial
Além da pandemia, a crise econômica é outro fator de aumento da violência contra a mulher. Muitas têm seus salários (ou o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600) tomados por um companheiro, irmão, pai ou qualquer outro agressor. Além disso, podem surgir conflitos entre pais separados quanto aos cuidados com os filhos.
O que fazer
Pelo celular, é possível denunciar no aplicativo chamado Direitos Humanos Brasil. Pelo telefone, denuncie ligando 180 (Central de Atendimento à Mulher) – que, em breve, estará disponível para ser acionado pelo WhatsApp.
O Sindeesmat está com você na luta. Nosso papel é proteger os direitos da categoria, protegendo também nossos direitos humanos.
Fonte: Sindeemast