Em setembro, mês em que são realizadas diversas ações de prevenção à depressão e ao suicídio, a partir da iniciativa Setembro Amarelo, é importante ligar um alerta aos impactos que o desemprego traz à saúde mental dos trabalhadores.
A falta de trabalho é um dos principais fatores que ocasionam a depressão e, em casos mais graves, o suicídio.
Na forma em que a nossa sociedade se organiza, além da renda, um emprego também significa socialização, segurança, reconhecimento social e pode fortalecer ao trabalhador a sensação de controle sobre a sua vida.
Logo, a falta dele traz impactos emocionais muito severos: além dos prejuízos claros à autoestima, o desemprego abre espaço para o medo, inclusive da fome.
Pandemia aumenta fome e desemprego
Desde 2017, os brasileiros enfrentam as mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista, medida que ampliou a precarização do trabalho e a criação de vínculos informais no Brasil.
Mas se não bastasse isso, em 2020 a pandemia fez a situação ficar ainda pior.
Atualmente, quase 15 milhões de pessoas estão desempregadas.
Em paralelo, a disparada no preço dos alimentos, do gás de cozinha e das contas básicas, como água e luz, ampliou as despesas familiares e acentuou as desigualdades sociais no país.
Com a pandemia, a população abaixo da linha da pobreza triplicou, atingindo 27 milhões de brasileiros.
Atuação da empresa
Neste sentido, a manutenção dos empregos, por parte das empresas – principalmente no contexto da pandemia – é muito importante.
A gestão da empresa também pode atuar em prol da saúde mental dos trabalhadores, fornecendo acompanhamento psicológico e ampliando os espaços de escuta no ambiente de trabalho.
Da mesma forma, ações de valorização profissional são fundamentais no fortalecimento da autoestima entre os trabalhadores. São exemplos treinamentos, premiações e remuneração salarial adequada.
Fonte: Sindeesmat