A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) realizaram um longo estudo sobre doenças e lesões relacionadas ao trabalho ocorridas no mundo inteiro entre 2000 e 2016.
Um dos dados preocupantes trazidos pelo relatório aponta uma estimativa de 1,9 milhão de vidas perdidas por ano por causas relacionadas ao trabalho.
Mortes evitáveis
Com o título de “Estimativas conjuntas da OMS e da OIT sobre o ônus de doenças e lesões relacionadas ao trabalho, 2000-2016”, o estudo, divulgado no final de 2021, aponta que a maioria das mortes relacionadas ao trabalho está relacionada a doenças respiratórias e cardiovasculares.
As principais causas de mortes foram doenças pulmonares crônicas, seguidas por acidentes vasculares cerebrais e problemas cardíacos. Lesões ocupacionais causaram 19% das mortes, com cerca de 360 mil mortes em apenas um ano.
São, em sua grande maioria mortes evitáveis, causadas por jornadas muito longas, e exposição a substâncias ou gases perigosos. O estudo aponta que apenas as jornadas de trabalho excessivas foram responsáveis por 750 mil mortes em um ano.
No período analisado, as mortes por doenças cardíacas e derrames causados por longas jornadas de trabalho aumentaram 41% e 19%, respectivamente.
Responsabilidade de governos e empresas
O relatório alerta que enfermidades e lesões relacionadas ao trabalho sobrecarregam os sistemas de saúde, reduzem a produtividade e podem prejudicar muito a renda das famílias.
Por isso, Estados e empresas têm que atuar para proteger a saúde e garantir a segurança dos trabalhadores.
Governos devem garantir universalmente a saúde de todos os trabalhadores e fiscalizar suas condições de ocupação.
Já as empresas públicas e privadas precisam reduzir a exposição a fatores de risco, mudar seus modelos e métodos de trabalho e fornecer equipamentos de proteção individual de qualidade, entre outras medidas recomendadas.
Fonte: Sindeesmat