Com o advento e a popularização da Internet, e a posterior expansão das possibilidades de conexão e das redes sociais, a difusão de dados e informações chegou a um volume praticamente infinito.
Isso trouxe inúmeros benefícios para as relações sociais e também, evidentemente, comerciais, aumentando o acesso à informação e democratizando sua produção e difusão.
No entanto, nos últimos anos também tem sido acentuada a tendência de informações falsas serem difundidas nas redes em um volume muito alto.Isso é preocupante, principalmente, porque boa parte dessas informações falsas é produzida atendendo a interesses políticos escusos e criminosos.
Principal fonte de informação para 79% dos brasileiros
Uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet, no Brasil, indicou que em 2020, 152 milhões de brasileiros tinham acesso à Internet – 81% da população com mais de 10 anos têm Internet em casa.
Em relação a usuários do WhatsApp, o Brasil é o segundo colocado mundial, atrás apenas da Índia. Dados de 2021 indicam a existência de 120 milhões de contas nessa rede social, com uma projeção de aumento para 147 milhões até o final de 2022.
Com trocas constantes de mensagens, vídeos, fotos, links e memes, a rede social faz parte do cotidiano de milhões de brasileiros. Uma pesquisa realizada pelo Senado, ainda em 2019, apontou o WhatsApp como principal fonte de informação para 79% dos entrevistados, enquanto a televisão atingiu apenas 50%.
Como explicitado durante as eleições de 2018 e, posteriormente, com a pandemia de Covid-19, a troca de informações via WhatsApp se tornou uma preocupação no Brasil por conta do alto volume de dados incorretos e mentirosos espalhados rapidamente, com a intenção de enganar a população.
A importância de verificar o conteúdo
Se parte das informações incorretas que circulam na Internet pode ser constituída de meros equívocos não intencionais, um volume substancial de informações mentirosas é produzido profissionalmente por grupos, como o chamado “gabinete do ódio”, criado pela família Bolsonaro para atacar virtualmente seus adversários políticos.
O uso político das mentiras espalhadas rapidamente nas redes sociais se tornou ainda mais perverso durante a pandemia, quando as informações mentirosas sabotaram as políticas de saúde pública e causaram um número de mortes e contaminações ainda difícil de estimar.
Neste contexto, e às vésperas de um processo eleitoral que novamente promete ser marcado pelas ilegalidades promovidas por Jair Bolsonaro e seus apoiadores, torna-se ainda mais importante termos muita atenção com qualquer informação recebida em mensagens ou grupos de WhatsApp e outras redes similares.
Duas precauções muito simples já ajudam muito: verifique sempre o conteúdo de uma mensagem que for compartilhar e, na dúvida, não espalhe uma informação.
Existem muitas formas de se verificar uma informação, e os mecanismos de busca na Internet facilitaram muito essa tarefa. Há diversos sites específicos que confirmam a veracidade de boatos que circulam na rede, e também sempre vale a pena conferir se há alguma menção ao assunto que você vai compartilhar em alguma fonte oficial ou reportagem produzida por jornalistas profissionais.
Fonte: Sindeesmat