As apostas online, ou “apostas”, se popularizaram significativamente desde sua legalização em 2018, no governo de Michel Temer. A falta de regulamentação adequada transformou essa atividade em uma verdadeira armadilha para milhões de brasileiros, especialmente trabalhadores de baixa renda, que se encontram em situação de vulnerabilidade.

Na recente declaração, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, referiu-se ao vício em apostas como uma pandemia, elaboração à dependência do tabaco, destacando a gravidade dessa questão que envolve a renda, leva ao endividamento e até à perda do emprego. Além disso, a saúde mental dos apóstatas é gravemente afetada, resultando em depressão e ansiedade.

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelam que entre junho de 2023 e junho de 2024, aproximadamente R$ 68,2 bilhões foram gastos em apostas online, e cerca de 1,3 milhão de brasileiros caíram na inadimplência por causa das apostas.

A facilidade de acesso via dispositivos móveis contribui para o aumento da dependência, com as plataformas desejadas usando o futebol como gancho para capturar a atenção dos apostadores. O sistema promocional de apostas, que oferece bônus para novos jogadores, serve apenas para aprofundar o vício.

O SINDEESMAT, sempre vigilante na proteção dos direitos dos trabalhadores, alerta para esse crescente problema social e econômico. “Tudo o que apresenta um risco para os trabalhadores, o sindicato está aqui para alertar”, afirma Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, presidente do SINDEESMAT.

A busca por ajuda especializada em unidades de saúde e programas de apoio é essencial para quem identifica dependência. Esta questão não prejudica apenas individualmente os trabalhadores, mas também tem efeitos prejudiciais sobre a economia e a coesão social do país.

É urgente a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa e medidas preventivas para proteger a população dessa nova epidemia das apostas, que afeta desproporcionalmente