Dependendo do tipo de atividade exercida, o risco de sofrer acidentes durante o período de trabalho é uma realidade presente. Por este motivo, diversos dispositivos legais existem para garantir a segurança do trabalhador e seu direito a um meio ambiente de trabalho saudável, com o fornecimento de equipamentos de proteção individual e coletivos.
Apesar disso, no Paraná morreu quase um trabalhador por dia em acidentes de trabalho no ano de 2014. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apresentados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), foram contabilizados 363 óbitos dentro dessa categoria. O número preocupante não sofreu diminuições significativas em relação ao ano anterior.
Chama a atenção a posição de destaque dos acidentes de trânsito entre as causas de morte. Perderam a vida nas ruas e estradas 185 trabalhadores. A estatística assusta na comparação com os óbitos por choque e por impacto de objetos, segundo e terceiro colocados na lista: 24 e 21 óbitos, respectivamente.
No topo do ranking de atividades que mais geraram óbito está a de motorista de caminhão, com 52 fatalidades; também representando uma diferença significativa em relação aos outros colocados da lista: trabalhador volante na agricultura (18 mortes), trabalhador da construção civil (17), empregado doméstico (16), eletricista de instalações (15) e alimentador de linha de produção (8).
São estatísticas como essas que colocam o Paraná na terceira colocação em mortes por acidente de trabalho no país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. As informações são do Anuário Estatístico da Previdência Social 2013.
Em 2013, foram 53.132 acidentes no estado, dos quais 1.353 resultaram em incapacidade permanente e 270 óbitos, o que deixa o estado em quinto lugar em número de acidentes, seguindo São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Escritórios e Manutenção nas Empresas de Transportes de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindeesmat), Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, investir adequadamente em prevenção de acidentes não sai barato, “mas é um passo que as organizações precisam tomar para assegurar um local de trabalho adequado para seus funcionários e diminuir esses índices preocupantes”.
Fonte: Sindeesmat