Os trabalhadores que cuidam do bem-estar e da conservação dos espaços também necessitam de cuidados. Esses profissionais devem estar protegidos, pois os perigos são comuns nessas atividades. Além dos riscos decorrentes da própria execução da função, como as quedas, esses profissionais ainda estão sujeitos a problemas de saúde.
Durante a limpeza de um ambiente, o ar que o trabalhador respira pode ficar poluído por causa do uso dos produtos de limpeza. Sem falar, é claro, na poeira levantada ao varrer ou tirar pó. Quem já sofre com problemas respiratórios, como asma ou bronquite, pode ter complicações. Os primeiros sintomas incluem espirros, coriza e olhos lacrimejantes.
Os perigos mais frequentes para essa atividade dizem respeito ao risco de escorregar, tropeçar ou cair, principalmente quando os funcionários estão executando trabalhos com água. A exposição a substâncias perigosas – contidas nos produtos de limpeza – também traz perigos biológicos aos trabalhadores. Além disso, os equipamentos de trabalho são capazes de causar choques elétricos.
A equipe de limpeza está sujeita a outros problemas de saúde, como as doenças cardiovasculares; as doenças de pele, tais como eczema e dermatite de contato; lesões nos músculos por causa do esforço repetitivo; ferimentos provocados por tropeções, escorregamentos ou quedas; estresse profissional; ansiedade; alterações do sono.
O trabalhador precisa ficar atento, a fim de verificar se as condições de trabalho não estão piorando a sua saúde. Para quem sofre de asma, por exemplo, e sente uma melhora quando está em casa, é possível que uma das causas para a complicação da doença seja o ar que o trabalhador respira no trabalho.
Alguns produtos causam problemas respiratórios. É o caso de certos tipos de desinfetantes, água sanitária, ceras, removedores, ácidos e solventes. Caso o funcionário apresente sintomas frequentes, decorrentes da exposição a determinados produtos, é necessário avisar o supervisor sobre a necessidade da substituição do produto. Se os sintomas permanecerem, é necessário buscar ajuda médica.
O presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, explica que o Sindicato possui convênio com diversas clínicas, que estão aptas a atender os trabalhadores. No entanto, as empresas devem conhecer, evitar e controlar os riscos.
“Os inspetores da equipe de limpeza, por exemplo, precisam saber quando é a hora certa para substituir algum produto que está prejudicando os funcionários. Além disso, também é importante adotar medidas de proteção coletiva antes das medidas de proteção individual”, explica.
Segundo o presidente, os empregadores devem avaliar periodicamente as condições de trabalho da equipe, especialmente os possíveis riscos que trazem à saúde dos funcionários.
Fonte: Sindeesmat