Após a final do Campeonato Paranaense de Futebol 2017, em 7 de maio, dois ônibus do transporte coletivo de Curitiba foram depredados por torcedores que voltavam da partida. No total, 29 vidros laterais foram quebrados, sete portas foram destruídas e três janelas acabaram arrancadas.
Vidros quebrados e sangue por todo lado fizeram parte do cenário encontrado pelos profissionais que fazem a limpeza e a manutenção dos veículos, o que coloca em risco a sua saúde.
Neste caso, por mais que o trabalhador estivesse utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ele acaba exposto ao sangue e aos pedaços de vidro espalhados pelo veículo. Além de correr o risco de se cortar com os vidros, esse tipo de exposição pode fazer com que o funcionário seja contaminado com doenças transmitidas pelo contato com o sangue, como hepatite B e C e HIV.
Se o indivíduo estiver com ferida aberta, escoriação, sangramento ou lesão em alguma parte do corpo, e o sangue contaminado entrar em contato com sua corrente sanguínea, ele acaba se tornando portador da doença.
De acordo com o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, as empresas precisam fornecer EPIs de qualidade, para evitar esse tipo de contaminação.
“É obrigação do empregador disponibilizar os equipamentos de proteção aos seus funcionários e exigir que eles sejam utilizados de forma correta. Além disso, todos os EPIs devem ser aprovados pelo órgão nacional competente”, afirma.
O presidente do Sindicato ressalta, ainda, que se essa situação ocorrer durante o trabalho, e oferecer risco de lesão ou contaminação, é necessário entrar em contato com o Sindeesmat e relatar o problema.
Fonte: Sindeesmat