A nossa sociedade se organiza a partir do trabalho, seja ele considerado produtivo (material) ou reprodutivo (manutenção da vida).
A partir de muita luta, hoje as mulheres têm autonomia para ocuparem o espaço que desejarem dentro da sociedade.
Porém, o machismo que ainda se faz presente nas relações sociais, ocasiona que as mulheres que trabalham fora de casa ainda realizem de forma integral – ou a maior parcela – do serviço doméstico e de cuidado de uma família.
O esforço mental e físico necessário para o desempenho desse acúmulo de papéis pode levar à exaustão e ao adoecimento.
Mulheres são as que mais sofrem com a pandemia
Desde março de 2020, o Brasil enfrenta a pandemia do Coronavírus. Apesar dos impactos mentais, físicos, sociais e financeiros que a Covid-19 trouxe a todos os brasileiros, estudos apontam que as mulheres foram as mais atingidas emocionalmente.
A situação se explica pela evidente desigualdade entre os gêneros presente nas famílias do país.
A falta de apoio efetiva durante a pandemia, com o fechamento de escolas e creches, têm levado as mulheres à exaustão.
Junto a isso, aumenta-se os índices de demissões: 65,6% das pessoas demitidas durante a pandemia são mulheres.
Como a empresa pode trazer impactos positivos à saúde mental das trabalhadoras?
Ações desenvolvidas dentro do ambiente de trabalho podem trazer impactos muito positivos à rotina das mulheres. Veja alguns exemplos:
– Auxílio-creche: Fortalecendo as redes de apoio, a empresa dá segurança para que a profissional desempenhe suas atividades de trabalho.
– Atenção à saúde mental: Criando espaços de escuta e acolhimento, seja em conversas dentro da empresa, ou realizando encaminhamento para profissionais.
– Ambiente seguro: Construção de um ambiente livre de todos os tipos de assédio.
– Licenças maternidade e paternidade estendidas: Atualmente, a lei brasileira dá direito a quatro meses de licença-maternidade e somente a cinco dias de licença-paternidade. Ampliar esses períodos é muito importante.
– Valorização profissional: Mulheres ainda sofrem com salários mais baixos e são as primeiras a serem demitidas, em situações de crise. Por isso, a valorização é fundamental. A empresa deve atuar tanto na capacitação das profissionais, quanto no reconhecimento salarial.
Fonte: sindeesmat