Funcionários da Urbanização de Curitiba (Urbs) prometem entrar em greve nesta segunda-feira (27) . A paralisação foi aprovada na última sexta-feira (24), motivada pelo não pagamento dos salários relativos a julho e pelo descontentamento da categoria com a proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa. A paralisação não deve afetar a circulação dos ônibus em Curitiba e Região Metropolitano, serviço que a Urbs gerencia.

Veja os serviços que devem ser afetados pela paralisação

Os trabalhadores pedem 8,34% de aumento, relativo à reposição da inflação calculada no mês de maio, segundo Valdir Mestriner, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (SindiUrbano). Além do salário, o índice deve no vale-alimentação, que é de R$ 618.

Já a Urbs propõe parcelar em cinco vezes os 8,34%, relativos ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de maio, segundo Mestriner. Além disso, a empresa ainda não fez o pagamento do salário do mês de julho, marcado para este sábado (25).

Segundo a Urbs, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) prevê que o pagamento seja feito até o quinto dia útil do mês seguinte, ou seja, o prazo para depositar os salários vence apenas em 7 de agosto. Além disso, a empresa diz ter efetuado o pagamento do vale-alimentação neste sábado. A informação foi confirmada pelo SindiUrbano.

O que para

A paralisação dos funcionários da Urbs não atinge motoristas e cobradores do transporte coletivo, representados pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc).

São afetados os serviços de emissão de cartões transporte, a limpeza de equipamentos urbanos (como a rodoferroviária e os banheiros públicos) e a integração dos terminais com ruas da cidadania.

Além disso, pode sofrer baixas a fiscalização do trânsito, feita por funcionários da Urbs cedidos à Secretaria Municipal de Trânsito de Curitiba (Setran). Vale para os Estacionamentos Regulamentados (EstaR) e para multas de trânsito em geral. Além disso, o controle do tráfego, como a sincronização dos semáforos e ações para dar mais fluidez ao trânsito também são feitas por pessoal da Urbs.

Em liminar concedida na sexta-feira (24), a Justiça do Trabalhou acatou pedido da Urbs, e determinou que no mínimo 50% dos funcionários compareçam ao trabalho. O caso de descumprimento, o SindiUrbano deve pagar multa de R$ 100 mil por dia.

Fonte: Gazeta do Povo