Entre crimes contra a saúde da população e uma condução econômica desastrosa do país, um dos elementos que ainda sustentam o presidente Jair Bolsonaro no poder é a chamada “agenda de reformas”, políticas que cortam direitos em prol do mercado e de grandes empresários.
Os defensores de medidas como a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) fingem se esquecer dos resultados que iniciativas anteriores tiveram para a população, como é o caso da Reforma Trabalhista, aprovada durante o governo de Michel Temer.
Vendida como salvação para a economia e para a geração de empregos, a alteração na lei não trouxe ganho em renda ou trabalho e aumentou a precarização, além de aumentar o desequilíbrio nas negociações jurídicas entre empregadores e funcionários.
Desemprego aumentou
Aprovada em julho de 2017, a Reforma Trabalhista foi instituída em um momento que o Brasil tinha 13 milhões de desempregados, segundo o IBGE.
O então presidente Temer chegou a declarar que a medida criaria, “no curto prazo”, ao menos 2 milhões de postos de trabalho.
Segundo dados do IBGE, em outubro de 2021 o Brasil tinha 14,4 milhões de desempregados. Dos 90,2 milhões de ocupados, apenas 58,9% trabalhavam de maneira formal, com 37,1 milhões de pessoas na informalidade.
Renda menor, custo de vida mais alto
A renda média dos brasileiros também caiu. No segundo trimestre de 2021, o ganho médio dos trabalhadores do país foi o mais baixo desde 2017.
A Reforma dificulta que trabalhadores façam valer seus direitos na Justiça do Trabalho. Nos casos de derrotas, os trabalhadores ainda têm que pagar os custos do processo, o que desanima futuras demandas.
A Reforma Trabalhista não cumpriu com seus objetivos e, mesmo assim, não há autocrítica por parte de seus defensores, pelo contrário: querem “dobrar a aposta” e implementar novas “reformas”, como a Administrativa. Escolada nos exemplos anteriores, a população e as entidades sindicais seguem mobilizadas para impedir que, novamente, mentiras sejam usadas para cortar direitos e políticas sociais.
Fonte: Sindeesmat