Segurança no trabalho não diz respeito apenas aos funcionários que exercem funções de riscos. Todo trabalhador precisa estar protegido, pois qualquer acidente, por menor que seja, pode ocasionar danos pessoais, financeiros, materiais e físicos. Uma colisão ou uma queda indesejada, por exemplo, pode trazer complicações para o resto da vida.
De uma forma geral, considera-se que os acidentes de trabalho, normalmente, são associados aos empregados que atuam diretamente na linha de produção. Afinal, são eles que costumam ficar expostos aos equipamentos e maquinários que oferecem maiores riscos. Mas não é bem assim.
A equipe de limpeza também necessita de atenção e de cuidados especiais, pois estão constantemente em contato com os mais diversos produtos químicos, mexem com lixos e outros detritos e lidam com partículas de pó. Além disso, esse profissional pode escorregar enquanto limpa um piso molhado ou, até mesmo, cair de uma determinada altura, pois precisa fazer a limpeza de vidros altos, por exemplo.
Por isso, tão importante quanto manter os ambientes conservados e limpos é preservar a saúde de quem, diariamente, proporciona o bem-estar por meio de um espaço conservado para todos os demais funcionários.
O serviço de limpeza é realizado, geralmente, pelos agentes de asseio, conservação e limpeza. Ou até mesmo técnicos de limpeza. Todas as atividades que envolvem os serviços de limpeza, assim como em qualquer outro segmento, necessitam de treinamento e de reciclagem constantes para aperfeiçoar os profissionais.
Nas áreas de cabines de pintura e espaços confinados, por exemplo, os cuidados precisam ser redobrados, pois além dos acidentes, os trabalhadores estão sujeitos aos problemas ergonômicos, ao ruído e aos riscos de contaminação.
Segundo o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, nem sempre os trabalhadores de limpeza e conservação recebem treinamento adequado. Em outros casos, são mal treinados. A negligência aparece no dia a dia até mesmo nas tarefas básicas, quando as luvas são deixadas de lado durante a limpeza.
“Existe falta de orientação por parte da empresa e isso prejudica a saúde dos trabalhadores e também a de outros funcionários. Por isso, cada segmento possui um grau de risco, o que exige a fiscalização por parte dos cipeiros”, analisa.
A existência de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ou do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), dependendo do porte da empresa, é o que garante a fiscalização e a conscientização dos trabalhadores sobre os perigos e a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Alguns dos EPIs indicados para os trabalhadores que atuam no setor de limpeza são a bota impermeável, o avental, as luvas, as máscaras, os óculos de proteção e as placas de sinalização. Agisberto informa que é obrigação dos empregadores de oferecerem os EPIs gratuitamente aos funcionários.
Para o presidente, o mais importante é aplicar medidas preventivas que evitem doenças e contaminações. Dependendo da atividade, é imprescindível que os empregados utilizem máscaras com filtros específicos para vapores e poeiras, por exemplo.
“As CIPAs das empresas devem estar atentas e encontrar formas não apenas de conscientizar os trabalhadores. Porém, precisam criar procedimentos e cobrar resultados práticos dos gestores”, finaliza.
Fonte: Sindeesmat