O senador Paulo Paim (PT-RS) disse em discurso nesta segunda-feira (14) que não concorda com o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e espera que a admissibilidade desse processo não seja aprovada na Câmara.
O impeachment, segundo ele, não se sustenta nem técnica, nem jurídica, nem politicamente. Além disso, coloca à prova a instituição democrática e prejudica a nação.
— As questões de ordem orçamentária e fiscal, apontadas no pedido de impeachment, a exemplo das pedaladas fiscais e dos decretos orçamentários, não podem jamais serem consideradas suficientes para qualquer processo dessa natureza. Foram praticadas regularmente nos governos anteriores, inclusive nas gestões, por exemplo, do próprio Partido da Social Democracia Brasileira.
Paulo Paim também cumprimentou o ex-senador Pedro Simon, que recebeu hoje uma homenagem do governo do Rio Grande do Sul por ter se destacado na vida pública nacional.
Sustentabilidade
O senador gaúcho também falou sobre sustentabilidade e bem-estar social. Para ele, a humanidade tem que estar sintonizada na descoberta de um novo modo de vida no Planeta e se sentir intimamente conectada a tudo que existe.
Para ele, os países precisam considerar a tríade “meio ambiente, economia e sociedade”, como forma de pensar e de agir no mundo moderno, do qual uma nova perspectiva, na convivência social, deve despontar.
Paim citou a encíclica Laudato Si (Louvado Sejas), do Papa Francisco, publicada em junho, em que o pontífice critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à unificação global das ações para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas.
— O futuro está em nossas próprias mãos e não é mais razoável qualquer reles omissão. Precisamos propor um novo compromisso social e ambiental, por uma vida mais digna, equilibrada e feliz para todos — frisou.
Fonte: Senado Federal