O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que entre 15 de outubro de 2016 a 31 de outubro de 2017, a variação de preços dos combustíveis derivada da ação da política da empresa ficou em 1,4% neste período. No entanto, se for levada em consideração a alteração dos tributos, o percentual de variação do preço da gasolina sobe para 22,1%. “Acho importante trazer este dado para mostrar que, realmente, a grande variação de preços que aconteceu não tem nenhuma ligação maior com a nova política e, sim, com o aumento de tributos do governo federal”, disse, durante entrevista na sede da empresa para apresentação dos resultados da Petrobras no terceiro trimestre de 2017 e dos nove meses do ano até setembro.

O presidente acrescentou que a política de preços adotada pela companhia, que permite ajuste diário das margens da empresa ao valor dos derivados no mercado internacional, ajudou ainda a não aumentar as importações dos combustíveis. “Se, eventualmente, não estivéssemos praticando a política, o que a gente poderia ver era um estímulo maior a importações, portanto, um market share [participação no mercado] ainda mais reduzido em relação àquele que temos hoje. Não temos nenhuma dúvida do acerto dessa política de reajustes diários, e se ela não estivesse existindo, o que a gente poderia estar vendo, na realidade, seria um estímulo maior à importação. Com essa política, nós conseguimos manter esta situação no nível em que está, embora, obviamente, como qualquer empresa, desejamos um market share maior”, apontou.

Ainda na entrevista, Parente revelou que, até o fim do ano, a companhia vai divulgar a revisão no seu plano estratégico. “Não devem esperar uma revisão radical. Não é uma revisão radical do plano. São revisões pontuais, exatamente porque entendemos que o plano, como foi elaborado, continua bastante adequado”, afirmou.

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Sobre as plataformas FPSO (sigla em inglês para Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência), o diretor de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia, Roberto Moro, informou que a companhia vai contratar três unidades no ano que vem. “Nós temos Búzios já em processo de licitação e temos Marlim e Parque das Baleias”.

Dividendos

A Petrobras ainda vai avaliar o pagamento de dividendos aos acionistas em 2017. De acordo com o diretor da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores, Ivan Monteiro, vai depender do resultado final da empresa. “A companhia sempre declarou que, se o resultado final for positivo, sim, a companhia pagará dividendos”, disse, sem querer indicar qual é a perspectiva. “Tem que esperar o final do ano”.

Desempenho financeiro

O diretor destacou a mudança no perfil de endividamento da Petrobras e disse que, graças ao trabalho que vem sendo feito, além de alongar o período de vencimento da dívida, houve redução no custo financeiro. “Essa mudança do perfil, gera muita tranquilidade com a posição de caixa da companhia. A companhia tem caixa suficiente. A Petrobras poderia ficar, praticamente, três anos sem ir a mercado [para buscar capitalização], comparando o valor do principal com o que temos em nosso caixa”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil