Ao definir os riscos ocupacionais, a legislação trabalhista não diferencia se a atividade laboral se dá em ambiente aberto ou fechado, em fábricas ou escritórios. O risco existe quando há possíveis perigos à vida ou à saúde em função das atividades desempenhadas ou do ambiente onde elas ocorrem.
Com base neste entendimento, é possível avaliar a quais riscos os trabalhadores de uma empresa estão sujeitos para que se faça o mais importante: a prevenção. No caso do trabalho em escritório, isso também precisa ser feito, a partir das condições específicas em que ele ocorre.
Riscos ergonômicos
Segundo as definições mais recorrentes, os riscos ocupacionais podem ser divididos em químicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e físicos. No caso do trabalho de escritório, usualmente os riscos são mais ergonômicos, mas não se pode descartar a existência de outros problemas.
Os riscos ergonômicos são decorrentes de problemas de postura e de longos períodos em que o trabalhador precisa estar sentado. Eles também podem ser produzidos pelo desempenho de tarefas repetitivas e pela falta de condições estruturais, como iluminação e temperatura adequadas e cadeiras, mesas e computadores de qualidade, por exemplo.
A prevenção a esses riscos deve levar em conta que os problemas que possivelmente podem decorrer deles não se apresentam imediatamente, mas no longo prazo, como no caso de Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
A ergonomia também deve levar em consideração questões relativas ao espaço de trabalho, como iluminação, circulação, temperatura e exposição a ruídos. Há, ainda, a obrigatoriedade da prevenção a acidentes, com rotas de fuga para incêndios bem definidas, e da realização do programa de prevenção de riscos ambientais.
Agentes de risco, como vapores e gases de máquinas, e até substâncias químicas ocasionalmente podem ser encontrados em escritórios, sendo potenciais causadores de problemas à saúde das pessoas que por ali circulam diariamente.
Também em relação aos equipamentos eletrônicos utilizados, é preciso haver atenção e prevenção, uma vez que sobrecargas e panes em sistemas elétricos podem levar a curtos-circuitos e incêndios. Manutenção e reparos precisam ser cotidianos.
Fonte: Sindeesmat